Professores da UFAL encerram greve em assembleia no campus A.C. Simões

Docentes decidem pelo fim da paralisação após acordo nacional, enquanto denúncias de racismo surgem em meio ao retorno das atividades

Por Da Redação com Alagoas 24 horas 02/07/2024 - 15:01 hs
Foto: Reprodução/Video


Após mais de dois meses de mobilização, os professores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) deliberaram pelo encerramento da greve em assembleia realizada nesta terça-feira (2), no auditório do Campus A.C. Simões, na Cidade Universitária.

 

 

O movimento paredista teve início em 29 de abril e fez parte de uma greve nacional que alcançou um acordo com o governo federal, resultando na assinatura do encerramento dos comitês de greve em todo o país, com a manutenção dos comitês locais até as respectivas assembleias de encerramento.

 

Segundo a Associação dos Docentes da UFAL (Adufal), ainda não há uma data definida para o retorno das atividades acadêmicas. O calendário será discutido em breve e as aulas retomadas conforme o planejamento interno da universidade.

 

 

No entanto, o retorno não está livre de controvérsias. O professor Thiago Zurk, durante o período da greve, denunciou à Polícia Civil de Alagoas ter sido vítima de racismo em um grupo de estudantes da área de saúde, que discutiam o fim da paralisação. Zurk alegou ter sido assediado verbalmente e sofrido discriminação racial, apresentando capturas de tela das mensagens como prova.

 

Em entrevista à imprensa, o professor ressaltou que formalizou a queixa na Delegacia Especializada dos Crimes contra Vulneráveis e na Polícia Federal, buscando medidas legais diante do incidente.

 

O episódio revela um cenário complexo e sensível na UFAL, marcado não apenas pelo retorno às atividades acadêmicas após a greve, mas também pela necessidade de enfrentamento de questões relacionadas à discriminação e à intolerância dentro do ambiente universitário.